Oliveira de Panelas "Pavarotti do Sertões"

Por janeiro 13, 2015

Oliveira é poeta, escritor e repentista e cantador, viaja o mundo levando a cultura nordestina e o nome de Panelas 

Oliveira Francisco de Melo nasceu no sitio Contador município de Panelas PE, filho de Antonio Francisco de Melo e de Maria Virtuoza dos Santos desde criança demonstrava seu talento e interesse pela poesia, foi no sitio onde nasceu que aos 12 anos fez sua primeira cantoria incentivado pelos pais, aos 14 anos se tornou profissional, viajou a região e os estados de, Alagoas e Paraíba com vários poetas-cantadores, entre eles: João Vicente e Manoel Hermínio filhos de Panelas e Cupira respectivamente. 

Seu trabalho tem o objetivo de valorizar o cordel como um símbolo de resistência e arte aos costumes de nossa gente.
Oliveira carrega no nome a cidade que o viu nascer e ser reconhecido no mundo, já cantou para presidentes de países estrangeiros a exemplo: de Mário Soares e Fidel Castro e outros presidentes brasileiros, além de várias personalidades do mundo artístico, político e social.
Cantou para o Papa João Paulo II. Cantou três vezes para o cantor Roberto Carlos.
Já se apresentou em todo país, representando o Nordeste, foi jurado convidado pela Rede Globo, no Festival MPB-SHELL, tendo seu nome alinhado aos melhores músicos brasileiros.
Tem trabalho reconhecido internacionalmente pela imprensa da Portugal, Cuba, França e Estados Unidos, quando esteve se apresentando em 1996, 1997, 1998 e 2001, respectivamente. E em 2005, ano do Brasil na França, a convite das autoridades organizadoras, apresentou-se por duas vezes, em outubro (Poitiers – Paris) e em novembro (Toulouse – Paris). Esteve no mesmo mês de Outubro em Quito no Equador, se apresentando a convite da Conferência Internacional: PELA QUESTÃO INSTITUCIONAL DA EDUCAÇÃO PARA A AMÉRICA LATINA.
No ano de 2006 esteve em Vannes e Paris, onde realizou apresentações.
Escreveu diversos livros e mesmo distante da terrinha todos os anos vem a cidade onde reencontra os amigos e participa da Missa do Vaqueiro onde sua apresentação se tornou um espetáculo a parte.







Inês Costa de Andrade

Por janeiro 13, 2015
Inês Costa de Andrade nasceu em 21 de março de 1918, era filha de José Raimundo da Costa e Maria de Souza, seu interesse pela pedagogia começou ainda criança, aos sete anos aprendeu a ler e escrever, diante das dificuldades foi a única da família que teve o privilegio de frequentar a escola. Mulher de personalidade doce de uma educação peculiar teve seu nome gravado no cenário educacional panelense, professora da rede municipal e estadual contribuiu com a formação dos panelenses, teve entrem seus inúmeros alunos o poeta Oliveira de Panelas e panelense José Alexandre Saraiva e tantos outros alunos que não esquecem de seus ensinamentos.
Casada com o senhor Antônio de Andrade Neto (bisneto de João Timóteo de Andrade líder da batalha dos cabanos em Panelas). Dona Inês era poetisa e escritora e fundou o educandário Santa Inês, hoje tem como diretora a senhora Maria José Gregório. Podemos dizer que Dona Inês foi uma mulher a frente de seu tempo pois diante de tanta dificuldade se destacou a traves da educação contribuindo com a formação da identidade educacional. Faleceu em 03 de Dezembro de 2014 aos 96 anos.



Gregório Bezerra “Feito de ferro e flor””

Por janeiro 13, 2015
Gregório Lourenço Bezerra nasceu no Sitio no sítio Mocós em Panelas no Agreste pernambucano no dia 13 de março de 1900. Com a idade de quatro anos começou a trabalhar na lavoura de cana-de-açúcar para ajudar a família; e, aos nove anos de idade, já havia perdido ambos os pais – o pai aos sete anos de idade e a mãe aos nove anos – e migrou para o Recife. Tinha vindo para ficar com a família dos fazendeiros com a promessa de estudar, que não foi cumprida. A primeira das suas muitas prisões ocorreu em 1917, quando participava de uma manifestação de apoio à Revolução Bolchevique e das primeiras ondas de greve geral por direitos trabalhistas no Brasil. Preso por cinco anos na antiga Casa de Detenção do Recife, conheceu o cangaceiro Antônio Silvino, de quem se tornou amigo. Após sair da prisão decidiu ingressar na carreira militar. Em 1922 alistou-se no exército; alfabetizou-se e em 1929 entrou para a Escola de Sargentos;
Foi instrutor da Companhia de Metralhadoras Pesadas na Vila Militar e instrutor de Esportes, no Rio de Janeiro. De volta ao Recife, filiou-se, em 1930, ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Com o fim do Estado Novo, foi anistiado e elegeu-se constituinte (depois deputado federal), em 1946, por Pernambuco, na legenda do PCB,1 sendo o deputado constituinte mais votado do estado. Teve seu mandato cassado em 1948, juntamente com todos os parlamentares comunistas. Viveu na clandestinidade por nove anos, organizando núcleos sindicais no Paraná e em Goiás.
Foi preso imediatamente após o golpe militar brasileiro de 1964, nas terras da Usina Pedrosa, próximo a Cortês, pelo capitão Álvaro do Rego Barros, quando tentava organizar a resistência armada dos camponeses ao golpe em apoio ao governo federal de João Goulart, e estadual de Miguel Arraes de Alencar.
Após a prisão foi transferido para o Recife, onde foi torturado e arrastado pela praça do bairro de Casa Forte pelo tenente-coronel do Exército Brasileiro Darcy Viana Vilock, com uma corda no pescoço, e teve os seus pés imersos em solução de bateria de carro, ficando em carne viva, e este espetáculo foi exibido pelas televisões locais à época do golpe militar de 1964.
Condenado a dezenove anos de reclusão, teve seus direitos políticos cassados por força do Ato Institucional nº 1. Foi libertado, em 1969, juntamente com outros quatorze presos políticos, em troca da devolução do embaixador dos Estados Unidos no Brasil Charles Burke Elbrick, seqüestrado por um grupo de oposição armada. Bezerra apoiou o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e, nessa legenda, candidatou-se, em 1982, à Câmara dos Deputados, ficando como suplente. Passou 22 anos de sua vida preso por motivos exclusivamente políticos. Antes de morrer, Bezerra declarou: Gostaria de ser lembrado como o homem que foi amigo das crianças, dos pobres e excluídos; amado e respeitado pelo povo, pelas massas exploradas e sofridas; odiado e temido pelos capitalistas, sendo considerado o inimigo número um das ditaduras fascistas.
Em homenagem a Gregório Bezerra, o poeta Ferreira Gullar escreveu a poesia Feito de ferro e flor: "Mas existe nesta terra muito homem de valor que é bravo sem matar gente, mas não teme o matador, que gosta da sua gente e que luta a seu favor, como Gregório Bezerra, feito de ferro e de flor".



















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